sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Apropriação

Ontem eu recebi uma mensagem de um amigo, sobre uma lenda Cherokee. A mensagem foi aproveitada e nela foi introduzido um final (com foto)que não consta no original...

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo.Os insetos e cobras podem vir pica-lo.Ele pode estar com frio, fome e sede.O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. Finalmente.. .Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é emovida.Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós, "sentado ao nosso lado". Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.Moral da história:
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja conosco.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.
Salmos 118.8
'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.'
Então eu respondi...
A lenda é muito bonita, meu caro Artista do som. O povo que habitava as Américas, sem dúvida era muito sábio. Tinha uma cultura muito rica e diversificada. O branco chegou para estragar tudo: Introduziu a ferro e fogo(como na inquisição) os seus hábitos, sua cultura, suas doenças e seus vícios. Dizimou quase a totalidade dos nativos habitantes . Seja pela catequese dos católicos ou pelos missionários protestantes, o homem branco deturpou e ridicularizou a cultura nativa e suas divindades e introduziu o seu deus, na pólvora e no chicote e ainda tem a cara de pau de se aproveitar de uma lenda tão bonita... Já nosso irmãos africanos (também oprimidos) souberam coexistir pacificamente com a cultura indígena, como se pode observar nas religiões afro-descendentes, aquí no Brasil. A inclusão de vários elementos indígenas ( o índio pena-verde, ogum rompe mato, caboco tupinambá etc.) O domínio cultural precede(e sustenta) o domínio econômico...
Mas isso é papo de sociólogo...cada um enxerga do seu modo. Boa noite.
Valha-nos quem?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Meu grande amor

Simone Almeida (minha flor), como sempre, arrasou no seu último show no TMS. Destaque também, pra minha florzinha BEATRIZ, que além de cantar no coro infantil, cantou junto com a
mãe a música título do show. Orgulho total!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dignidade


Um primo meu, que é médico ortopedista e cirurgião, teve a casa assaltada numa sexta feira. Foram minutos de terror que pareceram uma eternidade. A dilacerante sensação de impotência piorou quando ele viu seu filho ameaçado com uma arma na cabeça. Além das perdas materiais, que não foram poucas, um terrível trauma para toda a família. Apesar de tudo, a vida tinha que continuar. Depois de acalmar a família e tomar providências para melhorar as condições de segurança de sua casa, ele retornou à sua rotina de plantões do final de semana. Num desses plantões, considerado o mais "barra-pesada", justamente o do PSM, na virada de domingo para a segunda-feira, ele teve que atender um caso grave . Um jovem , estava entre a vida e a morte: fora baleado num confronto com a polícia, e precisava ser operado com urgência. Ao iniciar os procedimentos clínicos que antecedem uma cirurgia ele pode constatar, que aquele jovem prostado em uma maca na sua frente era o mesmo que havia causado tanto pânico a sua família e que provalvelmente, teria enfrentada a polícia com a arma(ele é militar) que roubara de sua casa. Num esforço sobre-humano, dominou a sensação de raiva, tomou todos os procedimentos e operou o rapaz, salvando-lhe a vida. Grande atitude, parabéns, primo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Centro cultural na Amazônia


Quem é, de alguma forma antenado com o que acontece no meio cultural no Brasil, já percebeu que muitas instituições fazem questão de ter seu nome ligado a algum tipo de atividade cultural. Muitos espaços que eram dedicados a apresentações musicais, como o Metropolitan, no Rio e o Palace em São Paulo, tiveram seus nomes mudados depois de incorporados de alguma forma a oparadoras de telefonia ou instituições financeiras. Poderíamos pensar: _ Tudo bem, é mais um paradigma do marketing que hoje impera... Se de alguma forma elas querem agregar valor às sua marcas, atrelando-os a algum tipo de atividade cultural, ainda que sem maior aprofundamento, sem um compromisso maior com a sociedade brasileira como um todo, é problema delas...afinal são empresas privadas, não teriam, digamos, obrigação, embora, tenhamos também, instituições privadas, com um grau de comprometimento com a causa cultural muito bom e com (pelo menos em parte) uma relativa democratização de seus editais e concursos. Se formos olhar o lado das ditas "empresas mixtas", onde boa parte do dinheiro é nossa, do contribuinte brasileiro, e se não esquecermos que o Brasil é formado por 26 estados federados e um distrito federal, a coisa não difere muito do que vem sendo feito pela iniciativa privada.
Vejamos algumas: O Centro cultural Banco do Brasil abrange Brasília, Rio e São Paulo . É reividicada a criação de um CCBB em Recife. Na Amazônia, NADA... O seu grande evento nacional, o Circuito Cultural Banco do Brasil, paga (quando paga) cachês quase miseráveis para atrações locais, enquanto viaja com "estrelas" do cenário nacional, com cachês bem gordinhos. A Caixa Econômica tem centros culturais no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Brasília, apoiou algumas reformas de espaços, instituindo um centro cultural em Salvador. Dizem ter verbas aprovadas para criar centros culturais em Fortaleza, Recife e Porto Alegre. Na Amazônia, NADA.
Será que a força cultural da Amazônia ainda não foi percebida pelo tais dirigentes dessas instituições, ou, pelo menos dos gestores da área de cultura dessas instituições? Será que eles desconfiam que embaixo dessa floresta, que todos dizem ser um patrimônio da humanidade, também existe um patrimônio cultural de uma diversidade imensa? Seriam eles cegos, surdos? O centavo do suor do contribuinte da Amazônia vale menos que o centavo do contribuinte de outras regiões? Mesmo instituições que heroicamente impulsionavam a cultura da região, como o nosso glorioso Banco da Amazônia, estão sumidos do mapa... E as grandes mineradoras, que tanto se beneficiam das nossas riquezas . A parcela de investimentos na área cultural é infima, diante do imenso lucro que a Amazônia lhes gera. Seria muito bom termos um centro cultural em Marabá, construido pela mineradora que tanto lucra com a região do sul do Pará. Já pensou se o Banco da Amazônia construisse centros culturais em Rio Branco, Porto Velho, Santarém, Boa Vista e um centro voltado para a cultura negra do Amapá com verbas Federais? E se Manaus recebesse um centro Cultural beneficiada pelos barões do polo industrial e da zona franca?
Vou sonhando, que um dia essa realidade muda...
enquanto isso, na Amazônia, NADA! Valha-nos que?