No começo dos anos80, os amplificadores solid state estavam sendo cada vez mais apreciados e utilizados no mercado. Os velhos valvulados, principalmente os mono, estavam em baixa. Mesmo gostando de amplificadores como os A-1, PM-5000, e Esotech AH-2, o Bento Maravilha, sabiamente, gostava mais do som deles( os valvulados) que dos “ de fábrica”. Os velhos valvulados que o Bento possuía, foram artesanalmente montados pelo querido técnico e amigo João Martins. Nessa época, a quadra junina era muito forte em Belém. Uma equipe de som tocava todos os 30 dias do mês. Nos finais de semana, a coisa ficava ainda mais complicada. O volume de serviço aumentava imensamente. Além das tradicionais festas do período, haviam os serviços voltados para a prefeitura de Belém o Governo do Estado. Num desses finais de semana, havia tanto a escassez de pessoal especializado quanto e de equipamento. Numa festa junina da turma do jardim de infância de uma escola, foi escalado o “Tubarão”, um jovem de 13 anos, que falava meio atrapalhado e que tinha um defeito congênito em uma das orelhas, foi escalado. Era a estréia triunfal do “tuba”, um operador a altura de uma festa de Jardim de infância. Pena que a carreira foi meteórica. No dia seguinte ele foi destituído da função, pois deixou extraviar alguns discos – pecado mortal para um dono de aparelhagem sonora.
No sábado, o dia mais atribulado de todos, ao final da tarde ainda havia duas festas para enviar equipamento e apenas um amplificador. O derradeiro amplificador era exatamente um dos preferidos do Bento. Valvulado, stereo, com duas fontes separadas, dois cabos de AC... O bento pensou rápido e não titubeou: “ me passa a serra!..” o funcionário hesitou e ele repetiu a frase de forma mais enfática ainda.
Serrou o amplificador no meio, enviando cada metade para cada um dos sistemas que ainda restavam e logicamente, dinheiro no bolso...Coisas do Bento!
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