terça-feira, 25 de novembro de 2008

A arte, os ténicos e o serviço público

Como poderemos ter técnicos de qualidade no serviço público, oferecendo salários de fome? É vergonhosa a proposta de se fazer um concurso público oferecendo um salário mínimo ou, no máximo um salário e meio, para uma função que requer conhecimentos específicos, conseguidos com muito esforço, pois na maioria dos casos, não existem cursos de formação a não ser, umas esporádicas oficinas. Temos um outro agravante: Os concursos ficaram emperrados por muito tempo. Foi muito conveniente pros governos (em todas as esferas) manter os funcionários temporários. Hoje , existe uma verdadeira febre de concursos em todo o país. As pessoas, carentes de renda, fazem quase todos que aparecem, ou seja: Muitos dos aprovados, ficam apenas por um breve período e assim que aprovados em concursos com uma melhor remuneração desistem do emprego mal-pago. A aprovação e o curto período exercendo a atividade servem apenas como curriculum. A péssima remuneração não atrai bons profissionais nem tampouco os segura no emprego. Para que estudar sobre princípios de eletricidade, freqüências, operação de mesas de som( ou de iluminação) complexas, nomenclaturas teatrais, enfim, ter um lastro cultural, se o salário é o mesmo, ou muito parecido com o de quem vai apenas pegar no cabo de uma vassoura, com todos o respeito aos profissionais de serviços gerais, que também são muito mal remunerados. Até quando vai perdurar tal situação. Será que os técnicos da nossa querida SEAD não conseguem atentar para detalhes tão óbvios? Até quando vão ignorar o quadro funcional efetivo e consultá-los sobre uma grade curricular atendendo as especificidades das demandas de cada setor que lida com os diversos segmentos da arte? Até quando eles vão ignorar que a parcela do funcionalismo público voltada para a arte tem suas especificidades e que deve se tratada de modo diferenciado em relação aos demais funcionários públicos. Até quando, senhores gestores?

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