segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Edu Lobo

Foi com imenso prazer que aceitamos o convite para fazer o som do show do Edu Lobo em Belém. O Odorico fez o PA e eu o monitor. Na banda alguns antigos companheiros de outros trabalhos, como o maestro Cristovão Bastos (piano), com o qual já havíamos trabalhado com o mestre Paulinho da Viola e o saxofonista Mauro Senize com o qual já tive muitas oportunidades de realizar trabalhos no Projeto Pixinguinha (TP), com o Egberto Gismonti e no Teatro Margarida Schivasappa com o Grupo Cama de Gato. Tudo transcorreu de forma muito tranquila e o público, formado exclusivamente de "fas-de-carteirinha" , daqueles que cantam todas as músicas: Felicidade geral da nação!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A arte, os ténicos e o serviço público

Como poderemos ter técnicos de qualidade no serviço público, oferecendo salários de fome? É vergonhosa a proposta de se fazer um concurso público oferecendo um salário mínimo ou, no máximo um salário e meio, para uma função que requer conhecimentos específicos, conseguidos com muito esforço, pois na maioria dos casos, não existem cursos de formação a não ser, umas esporádicas oficinas. Temos um outro agravante: Os concursos ficaram emperrados por muito tempo. Foi muito conveniente pros governos (em todas as esferas) manter os funcionários temporários. Hoje , existe uma verdadeira febre de concursos em todo o país. As pessoas, carentes de renda, fazem quase todos que aparecem, ou seja: Muitos dos aprovados, ficam apenas por um breve período e assim que aprovados em concursos com uma melhor remuneração desistem do emprego mal-pago. A aprovação e o curto período exercendo a atividade servem apenas como curriculum. A péssima remuneração não atrai bons profissionais nem tampouco os segura no emprego. Para que estudar sobre princípios de eletricidade, freqüências, operação de mesas de som( ou de iluminação) complexas, nomenclaturas teatrais, enfim, ter um lastro cultural, se o salário é o mesmo, ou muito parecido com o de quem vai apenas pegar no cabo de uma vassoura, com todos o respeito aos profissionais de serviços gerais, que também são muito mal remunerados. Até quando vai perdurar tal situação. Será que os técnicos da nossa querida SEAD não conseguem atentar para detalhes tão óbvios? Até quando vão ignorar o quadro funcional efetivo e consultá-los sobre uma grade curricular atendendo as especificidades das demandas de cada setor que lida com os diversos segmentos da arte? Até quando eles vão ignorar que a parcela do funcionalismo público voltada para a arte tem suas especificidades e que deve se tratada de modo diferenciado em relação aos demais funcionários públicos. Até quando, senhores gestores?

domingo, 16 de novembro de 2008

Across the universe no TMS

A semana foi muito atribulada, porém frutífera. Tive o imenso prazer de trabalhar no espetáculo ACROSS THE UNIVERSE - produzido pela escola de línguas Cultura Inglesa, voltada para os apaixonados pela língua inglesa e mais que isso, para os Beatlemaníacos, como é o meu caso. Além do velho companheiro de guerra, o Jocimar, tive o prazer e o orgulho de trabalhar com dois dos meus filhos: O Felipe deu a maior força no som do monitor, o que resultou em segurança para que eu pudesse fazer o som do PA tranquilo, bem como conforto para os artistas. O espetáculo tinha várias intervenções de sonosplatia e nesse quesito, em especial, o trabalho do Matheus foi fundamental, ele não só se encarregou da sonoplastia, como foi o meu anjo da guarda com o roteiro, já que seria humanamente impossível um bom desempenho com tantas entradas e saidas gerenciadas por uma única pessoa. Fiquei muito feliz. Parabéns, meus filhos. A Direção do Across ficou a cargo do competentíssimo Paulo Fonseca, com coreografia do Fernando Alves, cenários do Faisca e a adaptação do roteiro foi feita pelo professor Henrique Malato. Parbéns equipe!

domingo, 2 de novembro de 2008

Teatro da Paz

Em 1980, a convite do então secretário Olavo Lira Maia, comecei a trabalhar na Secretária de Cultura, lotado no Teatro da Paz, Dirigido pelo nosso querido Maestro Waldemar Henrique, tendo como diretora adjunta a professora Guilhermina Nasser. O som do TP era precário, mesmo assim, ainda era um dos melhores do estado. Logo que entrei, o sistema recebeu algumas implementações, entre elas, uma mesa Gianinni de 20 canais. Era "fantástico". Eu nunca havia trabalhado com uma mesa de som tão grande na minha vida. O TP atendia uma infinidade de eventos, desde colações de grau até grandes espetáculos de dança, musicais e teatrais. Na época em que o Projeto Pixinginha acontecia de segunda a sexta às 18:30, quase sempre tínhamos outro espetáculo em cartaz às 21:00H. Depois de alguns anos, fui transferido para o Teatro Waldemar Henrique, porteriormente fui para o Museu da Imagem e do Som e finalmente para o Teatro Margarida Schivasappa. Ao longo dos anos sempre voltei ao TP, contratado por artistas amigos. Sempre foi um prazer imenso estar no "Casarão", relembrar histórias e estórias
rever os amigos e companheiros dessa longa estrada a serviço da cultura. Uma coisa sempre me incomodou muito: O comportamento do som quando amplificado dentro da sala mais que secular. Podia ser o melhor sistema da cidade, sempre ficava uma ponta de insatisfação. Ouvia-se deferentos sons em diferentes lugares da sala. Com o surgimento do LINE ARRAY, com as suas maravilhosas características de dispersão, finalmente, achei (ainda que em teoria) um sistema ideal para trabalhar no TP, projetando o som de uma forma coerente e uniforme pra grande maioria dos espaços onde se localizam os espectadores. Cheguei a incluir um sistema (DAS-Variant) num projeto idealizado pelo SIT- Sistema Integrado de Teatros. Infelizmente o projeto ainda não foi realizado. No último final de semana, fui contratado para operar o PA do show pesqueiro do Equador, do MAHRCO MONTEIRO. Para a felicidade geral, o sistema era um line array da DAS, empresa espanhola, a mesma fabricante do sistem que projetei parar o TP. Passei as dimensões da sala para que o pessoal da firma proprietária do sistema pudesse inserir no software, afim de definir a angulação correta das caixas e com um pequeno trabalho de alinhamento, pude trabalhar tranquilo. Pela primeira vez, em muitos anos, o som que eu ouvia na mesa de som era praticamente o mesmo ouvido pela platéia, varanda,frisas e camarotes. Parabéns pra todos nós. Só esperamos, que nossos teatro sejam reequipados com a máxima urgência. Nosso público e nossos artistas merecem bons sistemas de som.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Apropriação

Ontem eu recebi uma mensagem de um amigo, sobre uma lenda Cherokee. A mensagem foi aproveitada e nela foi introduzido um final (com foto)que não consta no original...

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo.Os insetos e cobras podem vir pica-lo.Ele pode estar com frio, fome e sede.O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. Finalmente.. .Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é emovida.Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós, "sentado ao nosso lado". Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.Moral da história:
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja conosco.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.
Salmos 118.8
'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.'
Então eu respondi...
A lenda é muito bonita, meu caro Artista do som. O povo que habitava as Américas, sem dúvida era muito sábio. Tinha uma cultura muito rica e diversificada. O branco chegou para estragar tudo: Introduziu a ferro e fogo(como na inquisição) os seus hábitos, sua cultura, suas doenças e seus vícios. Dizimou quase a totalidade dos nativos habitantes . Seja pela catequese dos católicos ou pelos missionários protestantes, o homem branco deturpou e ridicularizou a cultura nativa e suas divindades e introduziu o seu deus, na pólvora e no chicote e ainda tem a cara de pau de se aproveitar de uma lenda tão bonita... Já nosso irmãos africanos (também oprimidos) souberam coexistir pacificamente com a cultura indígena, como se pode observar nas religiões afro-descendentes, aquí no Brasil. A inclusão de vários elementos indígenas ( o índio pena-verde, ogum rompe mato, caboco tupinambá etc.) O domínio cultural precede(e sustenta) o domínio econômico...
Mas isso é papo de sociólogo...cada um enxerga do seu modo. Boa noite.
Valha-nos quem?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Meu grande amor

Simone Almeida (minha flor), como sempre, arrasou no seu último show no TMS. Destaque também, pra minha florzinha BEATRIZ, que além de cantar no coro infantil, cantou junto com a
mãe a música título do show. Orgulho total!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dignidade


Um primo meu, que é médico ortopedista e cirurgião, teve a casa assaltada numa sexta feira. Foram minutos de terror que pareceram uma eternidade. A dilacerante sensação de impotência piorou quando ele viu seu filho ameaçado com uma arma na cabeça. Além das perdas materiais, que não foram poucas, um terrível trauma para toda a família. Apesar de tudo, a vida tinha que continuar. Depois de acalmar a família e tomar providências para melhorar as condições de segurança de sua casa, ele retornou à sua rotina de plantões do final de semana. Num desses plantões, considerado o mais "barra-pesada", justamente o do PSM, na virada de domingo para a segunda-feira, ele teve que atender um caso grave . Um jovem , estava entre a vida e a morte: fora baleado num confronto com a polícia, e precisava ser operado com urgência. Ao iniciar os procedimentos clínicos que antecedem uma cirurgia ele pode constatar, que aquele jovem prostado em uma maca na sua frente era o mesmo que havia causado tanto pânico a sua família e que provalvelmente, teria enfrentada a polícia com a arma(ele é militar) que roubara de sua casa. Num esforço sobre-humano, dominou a sensação de raiva, tomou todos os procedimentos e operou o rapaz, salvando-lhe a vida. Grande atitude, parabéns, primo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Centro cultural na Amazônia


Quem é, de alguma forma antenado com o que acontece no meio cultural no Brasil, já percebeu que muitas instituições fazem questão de ter seu nome ligado a algum tipo de atividade cultural. Muitos espaços que eram dedicados a apresentações musicais, como o Metropolitan, no Rio e o Palace em São Paulo, tiveram seus nomes mudados depois de incorporados de alguma forma a oparadoras de telefonia ou instituições financeiras. Poderíamos pensar: _ Tudo bem, é mais um paradigma do marketing que hoje impera... Se de alguma forma elas querem agregar valor às sua marcas, atrelando-os a algum tipo de atividade cultural, ainda que sem maior aprofundamento, sem um compromisso maior com a sociedade brasileira como um todo, é problema delas...afinal são empresas privadas, não teriam, digamos, obrigação, embora, tenhamos também, instituições privadas, com um grau de comprometimento com a causa cultural muito bom e com (pelo menos em parte) uma relativa democratização de seus editais e concursos. Se formos olhar o lado das ditas "empresas mixtas", onde boa parte do dinheiro é nossa, do contribuinte brasileiro, e se não esquecermos que o Brasil é formado por 26 estados federados e um distrito federal, a coisa não difere muito do que vem sendo feito pela iniciativa privada.
Vejamos algumas: O Centro cultural Banco do Brasil abrange Brasília, Rio e São Paulo . É reividicada a criação de um CCBB em Recife. Na Amazônia, NADA... O seu grande evento nacional, o Circuito Cultural Banco do Brasil, paga (quando paga) cachês quase miseráveis para atrações locais, enquanto viaja com "estrelas" do cenário nacional, com cachês bem gordinhos. A Caixa Econômica tem centros culturais no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Brasília, apoiou algumas reformas de espaços, instituindo um centro cultural em Salvador. Dizem ter verbas aprovadas para criar centros culturais em Fortaleza, Recife e Porto Alegre. Na Amazônia, NADA.
Será que a força cultural da Amazônia ainda não foi percebida pelo tais dirigentes dessas instituições, ou, pelo menos dos gestores da área de cultura dessas instituições? Será que eles desconfiam que embaixo dessa floresta, que todos dizem ser um patrimônio da humanidade, também existe um patrimônio cultural de uma diversidade imensa? Seriam eles cegos, surdos? O centavo do suor do contribuinte da Amazônia vale menos que o centavo do contribuinte de outras regiões? Mesmo instituições que heroicamente impulsionavam a cultura da região, como o nosso glorioso Banco da Amazônia, estão sumidos do mapa... E as grandes mineradoras, que tanto se beneficiam das nossas riquezas . A parcela de investimentos na área cultural é infima, diante do imenso lucro que a Amazônia lhes gera. Seria muito bom termos um centro cultural em Marabá, construido pela mineradora que tanto lucra com a região do sul do Pará. Já pensou se o Banco da Amazônia construisse centros culturais em Rio Branco, Porto Velho, Santarém, Boa Vista e um centro voltado para a cultura negra do Amapá com verbas Federais? E se Manaus recebesse um centro Cultural beneficiada pelos barões do polo industrial e da zona franca?
Vou sonhando, que um dia essa realidade muda...
enquanto isso, na Amazônia, NADA! Valha-nos que?

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Citação - Na Pauliceia lembrei de Oswald de Andrade


...Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraiba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem n6s a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vitor Ramil na FEira do Livro

Após a pauleira do SE RASGUN NO ROCK, um momento relax. O nosso querido Vítor Ramil nos brindou com uma apresentação e um bate-papo literário. Ele veio a Belém, a convite da SECULT para Feira do Livro para lançar o livro SATOLEP. Um público muito grande prestigiou o evento, que infelizmente tinha limitação de horário, pois tudo estava tão agradável, que poderia entrar pela madrugada...

III Festival SE RASGUN NO ROCK

As opiniões que emitirei são extremamente pessoais e apenas de uma parte da III edição do Festival SE RASGUN NO ROCK : A que eu pude ver e ouvir. Me sinto muito feliz e orgulhoso de ter participado desde a primeira edição. Seja operando o PA do palco menor, seja fazendo o monitor ou PA do palco maior. Ainda lembro, de forma muito feliz, a porrada de som que tirei no palco da BAÍTO(no Parque), bem como da porrada que foi o NASHIVILLE PUSSY no palco principal, ano passado. Na terceira edição, na sexta feira, o MINI BOX LUNAR, banda de Macapá me chamou a atenção. Um clima de “flower Power” , com vocais delicados com cara de final dos 60, começo dos 70, vez por outra até lembrado o Pato Fu, da também amapaense Fernanda Takay. Avançando mais noite adentro, a CANASTRA, banda carioca, arrasou. Numa viagem que passeia pelo mundo do Swing,samba,western e também do mestre Morricone. O apce da apresentação foi uma versão divertidíssima para a clássica IN THE MOOD e também os malabarismos do EDU VILAMAIOR com o seu baixo acústico branco. Depois veio a consagrada PLEBE RUDE, com o auxílio luxuoso do CLEMENTE (ex- INOCENTES). Philippe Seabra falou das férias que já passou no Pará, da sua aversão pela MANIÇOBA e lembrou, saudoso do grande show realizado há mais de 20 anos no ginásio da Escola Superior de Educação Física. Coisas do destino: Eu estava lá, fazendo o som, com o equipamento do Bento Maravilha. No sábado, a banda carioca DO AMOR foi a primeira a chamar a atenção, numa tentativa de tocar carimbó, meio misturado com o boi,(mais ou menos como os gringos fazem com samba e rumba ), porém, não existia a pretensão da tentativa da swingada original. A coisa era intencionalmente estilizada, porém, cheia de bom humor e boas intensões. Outra grata surpresa, foi a banda MANACÁ, também do RIO. Uma salada boa do inspirações de bandas consagradas, com alma de MPB e até lembrando em alguns momentos, o grupo Português MADREDEUS . Destaque para a performática (e excelente cantora) LETICIA PERSILES , uma bela grávida, com uma bela tatuagem, que distribuiu rosas ao final da apresentação. A grande alegria ficou por conta dos suecos SHOUT OUT LOUDS, banda que tem tido uma presença marcante nos festivais em toda a Europa, e iniciou por Belém uma breve temporada nas terras brasilis. O grupo ficou bastante conhecido no Brasil, ao ter uma de suas músicas usada no comercial do FIAT PUNTO. O som dos caras lembra muito o U2 e o THE CURE. Tem ao mesmo tempo “pegada” e sutileza. Do carismático ADAM OLENIUS à tímida tecladista BEBBAN STENBORG, a banda esbanja simpatia e proporcionou , para mim, o show mais agradável do SE RASGUN III. Para fechar a noite de Sábado, tivemos a banda AUTORAMAS, ROCK’NROLL puro, porrada. Para delírio do meu amigo RUDÁ NUNES, produtor lá de Macapá, e também pai do GABRIEL, a banda sentou a peia! Não deixou pedra sobe pedra. Mesmo com todas as dificuldades, parabéns MARCEL, GUSTAVO, AZUL e toda a equipe . VIDA LONGA PARA O ROCK!

domingo, 14 de setembro de 2008

Baixaria e roubo


Além do baixíssimo nível de criatividade na campanha política , temos que nos deparar com as famigeradas paródias ou versões. Quase sempre, tão ridículas quanto, ou até mais que as originais, já que as escolhidas quase sempre são músicas de popularidade imensa e gosto mais duvidoso ainda. Será que um candidato que começa roubando músicas, deixando de pagar os compositores e toda uma cadeia produtiva gerada por um jingle original ( músicos, intérpretes, estúdios, técnicos etc.), vai ser um político respeitador do direito alheio? Que tal os òrgãos de arrecadação de direitos autorais fazerem lobby junto ao TSE para que só sejam usadas versões autorizadas - que os candidatos que utilizem indevidamente a obra alheia (por pior que seja) sejam penalizados...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Casório

Há exatos 50 anos , meus pais casavam na Básilica de Nazaré. A recepção foi tudo de bom: Atravessaram a praça e juntamente com parentes e padrinhos, degustaram maravilhosos pastéis de queijo com caldo de cana. Tudo na maior simplicidade... Amo vocês!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Vade retrum!

Acabo de ler a biografia do Beatles (de quase 1000 páginas) escrita pelo Bob Spitz, cheíssima de detalhes e que me aumentou consideravelmente a antipatia imensa que eu tinha pela Yoko, e olha que já não era pequena...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A fauna eleitoral

Eta Brasil maluco. Cada uma é mais doida que a outra. a seguir, uma pequena lista de alguns nomes "diferentes" de candidatos pelo nossa idolatrada-salve-salve terrinha:
ADRIELY FATAL - AECIO PERALTA - AIRTON MOTOBOY, O IRMÃO - ALAN TERCEIRO - ALDO DOS TECLADOS - ANTONIO GARAPA - BATISTA DA GENTE - BODE ZÉ - BOZOKA - CARLA BLOND - CARLINHOS DO COMBATE À DENGUE - CARLOS CÓ - CÉSAR SERESTEIRO - CHIQUINHO CAMPO DOS INGLESES - COLEGUINHA - COMPADRE ROCHA - COSME DAMIÃO - ESCRIVÃO EDILBERTO - EUDES CURIÓ - EULÓGIO NETO - FÁTIMA DA ZEZA - FLAVINHO DO RADIADOR - GARRAFINHA-NAZINHA RABO QUENTE - GOSTOSINHO - GUEGUEU - IRMÃ TOINHA - JACOZINHO DO FORRÓ - JERÔNIMO JJ - JÔ DO POSTO DE SAÚDE - JOÃO CARTEIRO O TEIMOSO - JOVANIL - KALANGA - LALLESKA - LEIDY DAY - LHEGUELHER - LIKO - LOURA 2008 - MANO BOUTALA - MANUEL DO OURO PRETO - MARCOS DO CARANGUEIJO - MARQUIM DA LERIÇE - PAPAI NOEL (ENOCH MATEUS) - PAULA GRETCHEN - PAULO DO BREGA - PEDIM DA PERIFERIA - PEDIM DO SÃO CRISTÓVÃO - PINGUIM - PRETO RAP - PROFESSOR CANECO - PROFESSOR CÍCERO CALOU - RAFAELA BUSSOLO - REGINALDO GOL - RENATO FOTÓGRAFO - RICARDÃO - RITINHA BACANA - ROBERTO BOB -TONINHA REMELEXO- RÔMULO DO TERÇO - SÁVIO PEZÃO OU PEZÃO - SHAO-LIN - SILVANA FOCA - SULIVALDO GURGEL - TALDO PAPAI NOEL - TIA CONCEIÇÃO - TIA VALESCA - TIA ZIZI - TIÊTA (HOMEM) - TOINHO DA FARMÁCIA - METRALHA- MEIO PÃO – REGINA DO BARATÃO- RUFINO O POPULAR AZEITONA - UZIAS MOCOTÓ- CARECA DO BLOCO-CREUZA FOGUETE-FERNANDO PAULADA-MÃO DE ONÇA-ARLETE KARATÊ-MOUSE MARTINS-NEWROBBY-PALHAÇO PIPOCA-PÉLISO- PILUNGA-RAMINHO PARA MINHAS CRIANÇAS-ROXINHO-CURURU-CARNE ASSADA-PIRULITO-PINTINHO-PINTÃO-KID BENGALA-FRED KBÇÃO-TOIM DUFRANGO-VANDAMME-POPÓ CABEÇA DE PATO-CARLÃO DA BAIXA DA ÉGUA...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Bons ventos do sul

Nos idos dos anos 70 e 80, eu era "rato" de lojas de discos. ficava horas fuçando e acabava por descobrir pérolas que, às vezes, passavam despercebidas dos mais atentos. Numa dessas "garimpagens", descobri um vinil de um compositor que eu não conhecia, mas que me pareceu muito interessante. A ficha técnica trazia os nomes de músicos dos quais eu conhecia o trabalho. Cheguei a trabalhar com o Guitarrista Zé Flávio, num show do Projeto Pixunguinha, onde ele acompanhava a dupla Kleiton e Kledir .O cara estava de perna quebrada e tocava sentado com uma strato sunburst e tirava um puta som...tinha também o João Batista Marcos Ariel Charles Charlegre, Raul Mascarenhas, Serginho Boré. Todos músicos "da pesada". Muitas da letras eram do Fogaça, poeta que eu admirava desde os tempos dos ALMÔNDEGAS. Resolvi dar uma ouvida ainda na loja e me encantei com o trabalho. Passados muitos anos, eu estava fazendo um show na sala Baden Powell, no Rio e comentei com a amiga Branca Ramil sobre o vinil do artista gaúcho que eu tivera um dia e não sabia por onde andava... ela falou: é meu primo. Vou tentar conseguir uma cópia p/ tí. Hoje o carteiro entregou no meu apartamento o CD do generoso e talentosoPery Souza, junto com uma carta muito amável. Valeu Pery, Valeu, Branca. Parabéns pela família tão talentosa.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Grande Show em Macapá

Mais uma vez, foi um prazer imenso, poder trabalhar no show do compositores e amigosVal Milhomem e Joãosinho Gomes- festa nota mil! Uma verdadeira maratona, porém, um ambiente de cumplicidade e amizade. A produção, comandada pelo nosso querido Nilson Chaves, os artistas e a aquipe técnica local, nos proporcionaram boas condições, para que o trabalho pudesse fluir de forma satisfatória. Aqui fica um agradecimento especial aos técnicos da equipe de som do Zenor: Paulinho, Cristian e Fernando. Excelentes profissionais, sempre empenhados e solíctos. Parabéns para todos nós, que nos empenhamos para engrandecer a cultura da Amazônia.

Horário eleitoral

A gente bem que cria uma expectativa, mas, a cada período eleitoral, constata-se que o nível piorou. A falta de criatividade impera. Os textos e a direção dos VTs, nem se fala. Dá até saudades do Abdon com as locomotiva Girls naquele barco...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Momentos de um saxofonista

Em Santarém: uma vontade imensa de esganar o astro. No Rio: Só amor pra dar...

Argentina superior

Mais uma vez, o futebol olímpico masculino decepcionou. Já não vinha jogando grandes coisas, quando pegou um adversário jogando um futebol decente, se deu mal. A Argentina foi infinitamente superior, desde o começo do jogo. O descaso com o time olímpico ficou patente com a sua arrumação apenas em cima da hora. Há muito, a CBF se preocupava apenas com a seleção principal, nem mesmo com os times ditos mais fracos das eliminatórias, o Dunga se deu ao luxo de fazer experiências visando a preparação olímpica. Deu no que deu...parabéns, Argentina!

sábado, 16 de agosto de 2008

Justiça?!! - Os diferentes pesos da lei

Em Belém, um músico foi preso portando maconha. A quantia (40g) era levemente superior à que a lei determina como sendo a quantidade para “consumo próprio”. A polícia resolveu, então, enquadrá-lo como traficante, pois tal quantidade possibilitaria a confecção de diversos cigarros que poderiam ser comercializados, segundo o delegado teria declarado aos jornais.
O jovem músico e professor continua enjaulado, conhecendo os maus-tratos e os horrores do cárcere.
Rapidamente, teve a prisão preventiva decretada e sua permanência já supera em muito a permanência de um banqueiro e seus comparsas, que deram um imenso prejuízo, roubando e iludindo a nação brasileira. Para os banqueiros, rapidamente o supremo concedeu um habeas corpus e ainda ouvimos muitas manifestações contra um dito “estado policialesco”, que seria inadmissível, coisa que, para alguns, lembrava os tempos da ditadura.
Conheço bem o jovem músico e professor: Tranquilo, um excelente músico, um cidadão pacato que não oferece e nunca ofereceu o menor perigo para a sociedade. É bem verdade que tenha transgredido a lei, portando uma substância que ainda é considerada ilegal. Será que ele deveria ter roubado muitos milhões e tentado subornar o delegado para que a sua liberdade fosse rapidamente providenciada e recebesse discursos favoráveis dos mais altos escalões? O supremo também se manifestou contra o uso desnecessário de algemas, que possivelmente só devem estar valendo para ”homens-de-bem“, que surrupiam fortunas do país. Músicos e professores e defensores dos direitos humanos são classes subalternas, que não merecem tais considerações...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Nazaco, a catita e o greencard


O trio Manari fora convidado para participar de um festival de percussão nos Estados Unidos. O evento aconteceria no período do inverno americano, portanto, além da bagagem recheada de instrumentos percussivos exóticos, o trio deveria providenciar também pesados casacos para encarar o rigor do inverno do hemisfério norte. Nazaco, o mais friorento da equipe, fez várias articulações com o intuito de providenciar roupas de frio - quase todas infrutíferas. Nenhuma das peças oferecidas se mostravam adequadas para o frio intenso que a previsão anunciava. Nossos queridos paroaras friorentos já estavam no aeroporto, tristonhos com perspectiva do sofrimento com o frio, quando, finalmente surgiu uma luz no fim do túnel: Uma conhecida de um parente da namorada do Nazaco, apareceu com três casacos. As peças eram imensas e pesadas. O falecido e antigo proprietário era imenso, com mais de 1,90 m de altura. O Nazaco, nosso querido índio, mede exatos 1,60 m. Um tanto quanto grande e com um cheirinho de mofo, mas, chegaram em boa hora.
Ainda em vôo, pouco antes da escala no aeroporto de Miami, o nosso herói dos tambores resolveu experimentar o novo casaco e gostou do calorzinho que ele proporcionou. O bolso era imenso. Tão grande que possibilitou que ele guardasse uma buzina indígena, algo como uma flauta, porém, com uma das extremidades bem larga. O instrumentos produz um som muito agradável e ao mesmo tempo exótico. Já em Miami, após os procedimentos de praxe na alfândega, nosso amigos resolveram descansar num banco, próximo à uma lanchonete. Nazaco, então, resolveu puxar a buzina do bolso do casaco e fazer um som...para espanto do trio percussivo, quando o Nazaco tentou emitir a primeira nota, uma catita (filhote de rato) pulou do instrumento, saiu correndo pelo saguão e entrou em baixo do balcão da lanchonete. após algumas risadas, a situação cômica deu lugar ao pânico...será que as autoridades do rígido controle de imigração e saúde com suas centenas de poderosas câmeras teriam detectado que o nosso herói havia acabado de introduzir uma passageira clandestina nos states? E se eles tivessem percebido, seriam os nossos paroaras detidos na hora do embarque da conexão, e deportados, ou mesmo colocados em quarentena, em cela separada da catita? Felizmente, o tempo passou e o trio tomou o vôo da conexão, chegando ao local do show, onde fizeram uma excelente apresentação, elevando o nome da nossa região e da nossa música.
Meses depois, receberam um cartão postal dos states: A catita agora se chamava Mrs. Juanita Mouse, mudou-se para a ensolarada Califórnia, tinha uma mansão em Beverly Hills e conseguira o greencard após casar-se com o famoso astro do cinema Mickey Mouse. Dentro de dois meses ela daria uma grande festa para inaugurar uma nova ala da mansão e queria o som do Trio Manari para animar a festa...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Grande show em Macapá

No ano passado, tentamos comemorar com um imenso show em Macapá, os 50 anos dos compositores amigos João Gomes e Val Milhomen. Infelizmente, a chuva só permitiu que uma parte do evento fosse realizada. Esperamos que no ano 51, finalmente a boa idéia possa acontecer(tudo a ver). Paulo Moska é um desses artistas, mas tem muito mais: Flávio Venturini, Chico César, Ceumar, Sá, Rodrix e Guarabira, Grupo Senzala, Zé Miguel, Lucinnha Bastos, Mahrco Monteiro, Rafael lima, Walter Freitas , Mario Moraes, Leci Brandão, Juliele... cerca de 60 artistas prestigiando os nossos compositores amazônicos. O show será na Forteleza de São José, em Macapa no dia 14 de agosto

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Contrastes olímpicos

Enquanto o presidente do COB e o Ministro dos esportes vanglorianvam-se do do tamanho da delegação olímpica brasileira, a maior de todos os tempos, somente 12% das escolas municipais brasileira têm, pelo menos, uma quadra de esportes para a garotada praticar algum esporte...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Contrastes


Passei o último final de semana das férias em Mosqueiro. Literalmente descançando. Uma virose fortíssima me pegou e eu fiquei de cama. Perdi a praia, o passeio na pracinha, mas não me importei. Mergulhei de cabeça no livro que eu havia levado. Interrompia a leitura apenas eventualmente, para fazer uma comidinha, cuidar dos filhos, enfim, essas coisas imprescindíveis. O ônibus que me trouxe de volta se arrastou em minutos intermináveis na praia do Morubira, a praia dos bacanas, com seus carrões dotados de potentes sistemas de som ( e fábrica de distorção). Parecia que quanto maior era o dinheiro investido no veículo e no som, maior o mau-gosto musical. Tecno-bregas dos mais rasteiros, rimas paupérrimas, atentados gramaticais etc. Testemunhei uma cena estarrecedora: uma jovem tentava falar ao celular exatamente em frente ao porta-mala de um carro que vomitava mais de 120 decibéis de porcaria musical...em breve estará procurando um especialista e constatará uma perda significativa na audição. Tola - não se preocupa nem com quantidade, nem com qualidade.
Finalmente, o nosso ônibus consegui passar por aquele inferno e prosseguimos a viagem em paz. Retomei a minha leitura feliz. Decorrido um tempo notei que uma fiscal da empresa de transportes, solicitava os bilhetes de passagem para fazer a conferência. Ao se aproximar de mim ela comentou:
_ Durante o tempo em que trabalho aquí, é a primeira vez que eu vejo um passageiro mergulhado tão intensamente em sua leitura, ainda mais com um bom livro e um bom autor...
O comentário me tirou a sensação de embrulho no estômago, que o mau-gosto explícito do Murubira havia deixado!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Nas asas da Panair

Há exatos 49 anos, eu fazia o meu primeiro vôo, a bordo de um catalina da Panair, decolando de Belém, para amerrisar em Santarém. A aeronave da foto era uma das três que a companhia usava na Amazônia. Anos depois o PCW foi perdido num acidente no Rio Negro.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Apagão

Apagão
Eu quase nasci dentro de um avião. O meu primeiro vôo foi com vinte dias de nascido. Como o meu pai era militar da FAB, na minha infância eu sempre morei nas casas das vilas militares, quase sempre, muito próximas dos aeroportos. Muito cedo, aprendi a diferenciar os ruídos dos motores (a hélice) e, consequentemente , o avião que me sobrevoava, mesmo sem tê-lo visto ainda. Mesmo um “rato-de-aeroporto” como eu, voando há 49 anos, comete os seus deslizes. Outro dia eu tinha um show para fazer em Marabá, o lançamento dos meus queridos amigos Dauro e Nevílton, com a participação do Nilson Chaves e com a direção musical do Adelbert Carneiro. O Nilson me encaminhou o email da agência de viagens com os horários de partida e chegada . Na correria que eu estava, fazendo muitos shows, trabalhando muito, dei uma olhada rápida e fixei na memória a data e o horário de 06:20 h. No dia, eu marquei com o motorista que sempre me transporta para o aeroporto, cerca de uma hora e trinta minutos antes do horário prevista para a decolagem. Eu teria tempo mais que suficiente, e além disso, levava só uma pequena mochila como bagagem de mão, o que facilitaria mais ainda as coisas.Despertei uns quinze minutos antes do horário marcado com o motorista e me vesti. Como o tempo sobrando (eu achava) resolvi dar uma olhada nos emails. Para o meu desespero, constei que 06:20h era o horário previsto para a chegada do vôo em Marabá... logo, eu estava muito próximo de perdê-lo. Nem desliguei o computador, peguei a minha mochila e desci a escada do meu prédio correndo. O motorista vinha chegando. A ordem foi seca: “Tu tens 10 minuto para chegar no aeroporto. Voa! “ A tradicional conversa que eu sempre tinha com o Hélio, o amigo motorista transformou-se num quase silêncio, quebrado apenas pelo ruído do motor e dos pneus do Fiat 1.0 em disparada pela cidade. Os segundos se esvaiam... Chegamos ao aeroporto em exatos 13 minutos, muito abaixo do tempo que fazíamos normalmente. Adentrei arfante o saguão do Aeroporto internacional de Val-de-Cães, vi que não havia mais fila no check-in da Gol. Faltavam 13 minutos (ê Zagalo...) para o horário da previsto da decolagem, por um momento eu até pensei que estava com sorte. A atendente foi taxativa: “a aeronave já está fechada. O senhor Perdeu o seu vôo, o nosso próximo vôo é amanhã no mesmo horário, por favor, chegue com uma hora de antecedência!” Aquilo caiu como um balde de água fria (e pedras de gelo) na minha cabeça, não tinha mais jeito, pelo menos naquela companhia. Eu sabia que a Tam tinha um vôo para Marabá no inicio da tarde.Lembrei que eu tinha uma solicitação de bilhete emitido com a milha milhagem da para São Paulo, que eu não havia voado. Corri para a loja da Tam para tentar reverter o trecho. Sem acordo também. “ Qualquer solicitação beneficiada por milhas acumuladas deve ser com uma semana de antecedência, o sistema não aceita...” Não havia mais nada a ser feito, a não ser , voltar para casa e ligar pro meu contratante, explicar o vacilo pedir para que a agência dele tentasse me colocar no vôo da tarde. Nessas alturas, ou melhor, ainda em terra, eu não consegui mais dormir, esperando uma confirmação da vaga pro vôo da tarde, que finalmente aconteceu próximo da 11:00 da manhã. No mesmo instante, passei a mão na mochila e fui para a parada do ônibus. Eu já havia gastado a minha cota de dinheiro de táxi para aquele dia. Mesmo com toda a demora do ônibus, cheguei no tempo certono aeroporto. Terminado o check-in, eu ouvi o meu vôo sendo chamado para o portão 2. Terminei o meu café e gastei os três minutos de sempre para pitar um cigarrinho do lado de fora do aeroporto. Novamente, ouvi o chamado do meu vôo para o portão 2. Subi, e fiz toda a rotina que já me é bastante familiar. Apresentei o meu cartão de embarque para o atendente, ele o olhou, destacou uma parte e me entregou a outra e me apontou o finger que me levava ao avião. Como sempre, fui recebido com aqueles sorrisos de plástico que os atendentes de vôo têm que usar. O avião estava totalmente lotado. Restava um único lugar, o 25 A, na janela, o meu, é claro. Sentei, peguei as minhas balinhas e a minha revistinha e comecei a folhear. Mal eu achei uma matéria interessante, a voz do comandante irrompe no sistema de auto-falantes: “ Tripulação, portas em automático. Senhores passageiros, aqui vos fala o comandante Fulano. Nosso tempo de vôo até Macapá será de 38 minutos”. Esse cara ta maluco, eu comentei em voz baixa. Tem voado tanto que está confundindo as cidades. O gordinho que sentava ao meu lado, e que havia ficado muito frustrado quando eu ocupei a poltrona da na janela , levou alguns segundos se debatendo com a consciência dele e então me falou: Amigo, esse vôo vai para Macapá. Esse vôo vai para Macapá, perguntei eu em voz alta. Metade do avião respondeu: Vai para Macapá! Puta-que-pariu, foi só o que eu pude responder. Passei a mão na mochila e corri desesperado para a porta da frente, que já estava obviamente trancada. Moça - me embarcaram no vôo errado. Eu tenho que ir para Marabá, não Macapá. Ela então respondeu: “Sinto muito senhor agora não tem mais jeito o avião já está trancado”. A adrenalina subiu e eu fui muito enfático (pra não dizer, muito grosso) Vocês me embarcaram no vôo errado. Nós ainda estamos em terra. Resolvam! Nervosa ela empurrou a porta da cabine do comandante, que estava semi aberta e explicou pra ele que havia um passageiro embarcado errado. Ele simplesmente respondeu: , O finger desatracou, O avião já está fechado , Não pode! Foi então, que com toda a finesse que aprendi no bairro do Jurunas, eu empurrei a porta e em português muito alto e claro eu retruquei: “Não pode um caralho! Vocês me embarcaram no vôo errado, eu tenho um compromisso muito importante em outra cidade, a aeronave ainda está no solo e você vem me dizer que não pode? Tá ficando louco? Nisso, a comissária, nervosa tenta me deter e diz: “senhor é proibido invadir a cabine do comandante...” enquanto isso ele (o comandante) e também o co-piloto, falavam no rádio, quando eu vi passar uma aeronave da Tam na nossa frente. A adrenalina subiu mais um pouco e eu fui mais veemente ainda: “Fala aí pelo rádio, pra aquele puto me esperar. Esse deve ser o meu vôo para Marabá e a sua companhia me embarcou errado. Tem obrigação de resolver”... Ele virou novamente a cabeça pra frente e continuou a falar no rádio umas coisa que eu não pude compreender. Por um instante eu pensei que iria sair preso daquele avião por ter “dado alteração”. No meio da confusão sentimos um tranco. Era o finger atracando novamente. Finalmente e pude sair e um funcionário de terra da companhia me encaminhou para o embarque correto. Quando eu passei pelo funcionário da porta ele tentou pegar o que restava do meu cartão de embarque para destacar um pedaço e novamente ele conseguiu trazer a tona a parte mais polida da minha educação jurunense: “Tu já destacaste, pateta e ainda me colocaste no avião errado. Presta atenção no teu serviço, rapaz”! Liguei para a minha mulher para desabafar sobre o ocorrido e ela achou que aquilo era um mau presságio, que eu não deveria embarcar... Finalmente, o vôo das treze horas e pouco decolou para Marabá. Ao chegar lá, pude constatar que o sistema de som no qual eu iria trabalhar era um mix de coisas muito ruins com algumas coisas boas, e para completar, o funcionário que sabia ligar tudo, havia faltado ao serviço naquele dia. Era o começo de mais uma guerra... eu nem tive tempo de almoçar, mas tudo bem: O show foi um sucesso e eu pude cumprir o meu compromisso com o contratante.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fernandinho o artista plástico

O meu filhote adora desenhar e pintar...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Elogio antigo

Nas comemorações da CONSCIÊNCIA NEGRA em 1995, esteve no TMS o cantor de Reggae NIKKO e a banda Ying Yang, formadas por músicos de diversas nacionalidades.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Causo#2 - o massacre da serra

No começo dos anos80, os amplificadores solid state estavam sendo cada vez mais apreciados e utilizados no mercado. Os velhos valvulados, principalmente os mono, estavam em baixa. Mesmo gostando de amplificadores como os A-1, PM-5000, e Esotech AH-2, o Bento Maravilha, sabiamente, gostava mais do som deles( os valvulados) que dos “ de fábrica”. Os velhos valvulados que o Bento possuía, foram artesanalmente montados pelo querido técnico e amigo João Martins. Nessa época, a quadra junina era muito forte em Belém. Uma equipe de som tocava todos os 30 dias do mês. Nos finais de semana, a coisa ficava ainda mais complicada. O volume de serviço aumentava imensamente. Além das tradicionais festas do período, haviam os serviços voltados para a prefeitura de Belém o Governo do Estado. Num desses finais de semana, havia tanto a escassez de pessoal especializado quanto e de equipamento. Numa festa junina da turma do jardim de infância de uma escola, foi escalado o “Tubarão”, um jovem de 13 anos, que falava meio atrapalhado e que tinha um defeito congênito em uma das orelhas, foi escalado. Era a estréia triunfal do “tuba”, um operador a altura de uma festa de Jardim de infância. Pena que a carreira foi meteórica. No dia seguinte ele foi destituído da função, pois deixou extraviar alguns discos – pecado mortal para um dono de aparelhagem sonora.
No sábado, o dia mais atribulado de todos, ao final da tarde ainda havia duas festas para enviar equipamento e apenas um amplificador. O derradeiro amplificador era exatamente um dos preferidos do Bento. Valvulado, stereo, com duas fontes separadas, dois cabos de AC... O bento pensou rápido e não titubeou: “ me passa a serra!..” o funcionário hesitou e ele repetiu a frase de forma mais enfática ainda.
Serrou o amplificador no meio, enviando cada metade para cada um dos sistemas que ainda restavam e logicamente, dinheiro no bolso...Coisas do Bento!

sábado, 5 de julho de 2008

Verlaine o mestre


Meu velho Flávio

Líder, amigo, companheiro.
Hoje estaria fazendo 74 anos.
Saudades eternas...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Causo #1 - Bentices


Bentices - Causos do som (1)

Em meados dos anos 80, o Bento Maravilha, e a sua empresa Bensom, estavam no topo dos serviços de sonorização no estado do Pará. Ele conseguia cobrir dois eventos de grande porte ao mesmo tempo. Aconteciam simultaneamente o Rock-Pará e o Rock-Amapá. As bandas tocavam nos dois eventos, o que diminuía as despesas com passagens aéreas. Ainda havia uma deficiência muito grande de pessoal especializado na área de áudio. O Bento mandou vir de São Paulo um técnico, segundo ele, da Gabi. Decorridos alguns shows, o rapaz acabou confessando que a sua especialidade era iluminação e não som. Resultado: A grande maioria dos drivers de médio-alto estava queimada, devido à imperícia do tal técnico. O evento foi realizado por um órgão do governo do estado. A solução seria pegar um dos aviões de pequeno porte alugados pelo governo do estado e ir a Macapá, onde havia um estoque maior de drivers e trazê-los para suprir o evento de Belém. Assim, logo cedo, o Bento embarcou para Macapá, ainda, segundo ele, com o Comandante Rolim, pegou todos os drivers disponíveis e logo após o almoço, decolaram de volta para Belém. Cansado o Bento tirou um cochilo a bordo, quando acordou, meio assustado, olhou no relógio e notou algo estranho: O tempo de vôo previsto até Belém, já havia espirado. Ele notou uma certa preocupação no comandante, que porém tentava não deixar transparecer...Só então, conversaram sobre a carga que transportavam. Com a resposta do Bento que o equipamento era altamente magnético. O comandante então esclareceu, que o magnetismo havia causado um mau-funcionamento nos equipamentos de navegação da aeronave, que eles estavam voando às cegas. A solução seria tentarem sintonizar uma rádio de Belém, com o sinal bem forte, para que pudessem segui-lo e finalmente chegar ao destino. Conseguiram sintonizar a poderosa Rádio Clube do Pará, cujo sinal abençoado os levou sãos e salvos ao aeródromo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Freitas Costa reunidos

Só alegria: dona Franci com sete filhos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Show Dedicado a Você - 2008

Para quem sempre foi dos bastidores, ficou difícil pra mim, ser homenageado com rosas durante o show, mas, valeu! Obrigado MINHA FLOR, te amo!

domingo, 1 de junho de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

...Nothing's gonna change my world...

Uma explosão pisicodélica, rica de plasticidade, baseada na releitura da obra dos Beatles. Simplesmente encantador!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Simplesmente genial!

Os mestres Armando e Paulo Moura estão brindando o Brasil com um show simplesmente genial. A base é composta pela obra do não menos genial Tom Jobim. O show Afro Bossa, encheu o hangar de uma atmosfera mágica, que só a boa música brasileira tem, com instrumentistas virtuosos, arranjos modernos. Foi um prazer imenso participar desse trabalho.

Tatoo - arte no corpo

A fascinante arte impressa no corpo...

Link p/ curtir o filme do youtube http://www.youtube.com/watch?v=YZVSkioLLBM

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tunel do tempo


Com A Rita e Leide Brito no TMS, nos anos 90

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Jovem casal


O tempo melhora algumas coisas

domingo, 13 de abril de 2008

Passeando


Gosto de caminhar, mas, algumas vezes rola uma preguiça...

Homenagem


Fizeram uma homenagem p/ JOCI, lá no Hangar...

Poema - Parto


Família prestigiando o trabalho




Toda a "bujicada" foi p/ praça. Os pirralhos, então, minha mana. Fizeram a festa!

Na ponta dos dedos


Poema - Sísmico


Jamita



Januária Almeida prestigiando o trabalho do neto.

Foto: Simone Almeida

Natureza no asfalto - Meu brother KAUÊ ALMEIDA ("Ambrósio")



Natureza no asfalto. Mini espetáculos de teatro com bonecos em caixa de lambe-lambe. IN BUST Teatro com Bonecos. meu brother KAUÊ (Ambrósio) ALMEIDA "mandando ver". A turma da família prestigiando. Desde a Matriarca JAMITA ALMEIDA até os pirralhos, minha mana...
Foto: Simone Almeida