
Passeio pelo mundo das artes, poesias, imagens das pessoas mais próximas e dos bastidores de eventos culturais.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Edu Lobo

terça-feira, 25 de novembro de 2008
A arte, os ténicos e o serviço público

domingo, 16 de novembro de 2008
Across the universe no TMS

domingo, 2 de novembro de 2008
Teatro da Paz

rever os amigos e companheiros dessa longa estrada a serviço da cultura. Uma coisa sempre me incomodou muito: O comportamento do som quando amplificado dentro da sala mais que secular. Podia ser o melhor sistema da cidade, sempre ficava uma ponta de insatisfação. Ouvia-se deferentos sons em diferentes lugares da sala. Com o surgimento do LINE ARRAY, com as suas maravilhosas características de dispersão, finalmente, achei (ainda que em teoria) um sistema ideal para trabalhar no TP, projetando o som de uma forma coerente e uniforme pra grande maioria dos espaços onde se localizam os espectadores. Cheguei a incluir um sistema (DAS-Variant) num projeto idealizado pelo SIT- Sistema Integrado de Teatros. Infelizmente o projeto ainda não foi realizado. No último final de semana, fui contratado para operar o PA do show pesqueiro do Equador, do MAHRCO MONTEIRO. Para a felicidade geral, o sistema era um line array da DAS, empresa espanhola, a mesma fabricante do sistem que projetei parar o TP. Passei as dimensões da sala para que o pessoal da firma proprietária do sistema pudesse inserir no software, afim de definir a angulação correta das caixas e com um pequeno trabalho de alinhamento, pude trabalhar tranquilo. Pela primeira vez, em muitos anos, o som que eu ouvia na mesa de som era praticamente o mesmo ouvido pela platéia, varanda,frisas e camarotes. Parabéns pra todos nós. Só esperamos, que nossos teatro sejam reequipados com a máxima urgência. Nosso público e nossos artistas merecem bons sistemas de som.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Apropriação

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo.Os insetos e cobras podem vir pica-lo.Ele pode estar com frio, fome e sede.O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. Finalmente.. .Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é emovida.Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós, "sentado ao nosso lado". Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.Moral da história:
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja conosco.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.
Salmos 118.8
'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.'
Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja conosco.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.
Salmos 118.8
'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.'
Então eu respondi...
A lenda é muito bonita, meu caro Artista do som. O povo que habitava as Américas, sem dúvida era muito sábio. Tinha uma cultura muito rica e diversificada. O branco chegou para estragar tudo: Introduziu a ferro e fogo(como na inquisição) os seus hábitos, sua cultura, suas doenças e seus vícios. Dizimou quase a totalidade dos nativos habitantes . Seja pela catequese dos católicos ou pelos missionários protestantes, o homem branco deturpou e ridicularizou a cultura nativa e suas divindades e introduziu o seu deus, na pólvora e no chicote e ainda tem a cara de pau de se aproveitar de uma lenda tão bonita... Já nosso irmãos africanos (também oprimidos) souberam coexistir pacificamente com a cultura indígena, como se pode observar nas religiões afro-descendentes, aquí no Brasil. A inclusão de vários elementos indígenas ( o índio pena-verde, ogum rompe mato, caboco tupinambá etc.) O domínio cultural precede(e sustenta) o domínio econômico...
Mas isso é papo de sociólogo...cada um enxerga do seu modo. Boa noite.
Valha-nos quem?
Mas isso é papo de sociólogo...cada um enxerga do seu modo. Boa noite.
Valha-nos quem?
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Meu grande amor
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Dignidade

Um primo meu, que é médico ortopedista e cirurgião, teve a casa assaltada numa sexta feira. Foram minutos de terror que pareceram uma eternidade. A dilacerante sensação de impotência piorou quando ele viu seu filho ameaçado com uma arma na cabeça. Além das perdas materiais, que não foram poucas, um terrível trauma para toda a família. Apesar de tudo, a vida tinha que continuar. Depois de acalmar a família e tomar providências para melhorar as condições de segurança de sua casa, ele retornou à sua rotina de plantões do final de semana. Num desses plantões, considerado o mais "barra-pesada", justamente o do PSM, na virada de domingo para a segunda-feira, ele teve que atender um caso grave . Um jovem , estava entre a vida e a morte: fora baleado num confronto com a polícia, e precisava ser operado com urgência. Ao iniciar os procedimentos clínicos que antecedem uma cirurgia ele pode constatar, que aquele jovem prostado em uma maca na sua frente era o mesmo que havia causado tanto pânico a sua família e que provalvelmente, teria enfrentada a polícia com a arma(ele é militar) que roubara de sua casa. Num esforço sobre-humano, dominou a sensação de raiva, tomou todos os procedimentos e operou o rapaz, salvando-lhe a vida. Grande atitude, parabéns, primo.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Centro cultural na Amazônia

Quem é, de alguma forma antenado com o que acontece no meio cultural no Brasil, já percebeu que muitas instituições fazem questão de ter seu nome ligado a algum tipo de atividade cultural. Muitos espaços que eram dedicados a apresentações musicais, como o Metropolitan, no Rio e o Palace em São Paulo, tiveram seus nomes mudados depois de incorporados de alguma forma a oparadoras de telefonia ou instituições financeiras. Poderíamos pensar: _ Tudo bem, é mais um paradigma do marketing que hoje impera... Se de alguma forma elas querem agregar valor às sua marcas, atrelando-os a algum tipo de atividade cultural, ainda que sem maior aprofundamento, sem um compromisso maior com a sociedade brasileira como um todo, é problema delas...afinal são empresas privadas, não teriam, digamos, obrigação, embora, tenhamos também, instituições privadas, com um grau de comprometimento com a causa cultural muito bom e com (pelo menos em parte) uma relativa democratização de seus editais e concursos. Se formos olhar o lado das ditas "empresas mixtas", onde boa parte do dinheiro é nossa, do contribuinte brasileiro, e se não esquecermos que o Brasil é formado por 26 estados federados e um distrito federal, a coisa não difere muito do que vem sendo feito pela iniciativa privada.
Vejamos algumas: O Centro cultural Banco do Brasil abrange Brasília, Rio e São Paulo . É reividicada a criação de um CCBB em Recife. Na Amazônia, NADA... O seu grande evento nacional, o Circuito Cultural Banco do Brasil, paga (quando paga) cachês quase miseráveis para atrações locais, enquanto viaja com "estrelas" do cenário nacional, com cachês bem gordinhos. A Caixa Econômica tem centros culturais no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Brasília, apoiou algumas reformas de espaços, instituindo um centro cultural em Salvador. Dizem ter verbas aprovadas para criar centros culturais em Fortaleza, Recife e Porto Alegre. Na Amazônia, NADA.
Será que a força cultural da Amazônia ainda não foi percebida pelo tais dirigentes dessas instituições, ou, pelo menos dos gestores da área de cultura dessas instituições? Será que eles desconfiam que embaixo dessa floresta, que todos dizem ser um patrimônio da humanidade, também existe um patrimônio cultural de uma diversidade imensa? Seriam eles cegos, surdos? O centavo do suor do contribuinte da Amazônia vale menos que o centavo do contribuinte de outras regiões? Mesmo instituições que heroicamente impulsionavam a cultura da região, como o nosso glorioso Banco da Amazônia, estão sumidos do mapa... E as grandes mineradoras, que tanto se beneficiam das nossas riquezas . A parcela de investimentos na área cultural é infima, diante do imenso lucro que a Amazônia lhes gera. Seria muito bom termos um centro cultural em Marabá, construido pela mineradora que tanto lucra com a região do sul do Pará. Já pensou se o Banco da Amazônia construisse centros culturais em Rio Branco, Porto Velho, Santarém, Boa Vista e um centro voltado para a cultura negra do Amapá com verbas Federais? E se Manaus recebesse um centro Cultural beneficiada pelos barões do polo industrial e da zona franca?
Vou sonhando, que um dia essa realidade muda...
enquanto isso, na Amazônia, NADA! Valha-nos que?
Vejamos algumas: O Centro cultural Banco do Brasil abrange Brasília, Rio e São Paulo . É reividicada a criação de um CCBB em Recife. Na Amazônia, NADA... O seu grande evento nacional, o Circuito Cultural Banco do Brasil, paga (quando paga) cachês quase miseráveis para atrações locais, enquanto viaja com "estrelas" do cenário nacional, com cachês bem gordinhos. A Caixa Econômica tem centros culturais no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Brasília, apoiou algumas reformas de espaços, instituindo um centro cultural em Salvador. Dizem ter verbas aprovadas para criar centros culturais em Fortaleza, Recife e Porto Alegre. Na Amazônia, NADA.
Será que a força cultural da Amazônia ainda não foi percebida pelo tais dirigentes dessas instituições, ou, pelo menos dos gestores da área de cultura dessas instituições? Será que eles desconfiam que embaixo dessa floresta, que todos dizem ser um patrimônio da humanidade, também existe um patrimônio cultural de uma diversidade imensa? Seriam eles cegos, surdos? O centavo do suor do contribuinte da Amazônia vale menos que o centavo do contribuinte de outras regiões? Mesmo instituições que heroicamente impulsionavam a cultura da região, como o nosso glorioso Banco da Amazônia, estão sumidos do mapa... E as grandes mineradoras, que tanto se beneficiam das nossas riquezas . A parcela de investimentos na área cultural é infima, diante do imenso lucro que a Amazônia lhes gera. Seria muito bom termos um centro cultural em Marabá, construido pela mineradora que tanto lucra com a região do sul do Pará. Já pensou se o Banco da Amazônia construisse centros culturais em Rio Branco, Porto Velho, Santarém, Boa Vista e um centro voltado para a cultura negra do Amapá com verbas Federais? E se Manaus recebesse um centro Cultural beneficiada pelos barões do polo industrial e da zona franca?
Vou sonhando, que um dia essa realidade muda...
enquanto isso, na Amazônia, NADA! Valha-nos que?
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Citação - Na Pauliceia lembrei de Oswald de Andrade

...Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraiba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem n6s a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Queremos a Revolução Caraiba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem n6s a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.
A
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Vitor Ramil na FEira do Livro
III Festival SE RASGUN NO ROCK

domingo, 14 de setembro de 2008
Baixaria e roubo

Além do baixíssimo nível de criatividade na campanha política , temos que nos deparar com as famigeradas paródias ou versões. Quase sempre, tão ridículas quanto, ou até mais que as originais, já que as escolhidas quase sempre são músicas de popularidade imensa e gosto mais duvidoso ainda. Será que um candidato que começa roubando músicas, deixando de pagar os compositores e toda uma cadeia produtiva gerada por um jingle original ( músicos, intérpretes, estúdios, técnicos etc.), vai ser um político respeitador do direito alheio? Que tal os òrgãos de arrecadação de direitos autorais fazerem lobby junto ao TSE para que só sejam usadas versões autorizadas - que os candidatos que utilizem indevidamente a obra alheia (por pior que seja) sejam penalizados...
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Casório
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Vade retrum!
terça-feira, 2 de setembro de 2008
A fauna eleitoral

ADRIELY FATAL - AECIO PERALTA - AIRTON MOTOBOY, O IRMÃO - ALAN TERCEIRO - ALDO DOS TECLADOS - ANTONIO GARAPA - BATISTA DA GENTE - BODE ZÉ - BOZOKA - CARLA BLOND - CARLINHOS DO COMBATE À DENGUE - CARLOS CÓ - CÉSAR SERESTEIRO - CHIQUINHO CAMPO DOS INGLESES - COLEGUINHA - COMPADRE ROCHA - COSME DAMIÃO - ESCRIVÃO EDILBERTO - EUDES CURIÓ - EULÓGIO NETO - FÁTIMA DA ZEZA - FLAVINHO DO RADIADOR - GARRAFINHA-NAZINHA RABO QUENTE - GOSTOSINHO - GUEGUEU - IRMÃ TOINHA - JACOZINHO DO FORRÓ - JERÔNIMO JJ - JÔ DO POSTO DE SAÚDE - JOÃO CARTEIRO O TEIMOSO - JOVANIL - KALANGA - LALLESKA - LEIDY DAY - LHEGUELHER - LIKO - LOURA 2008 - MANO BOUTALA - MANUEL DO OURO PRETO - MARCOS DO CARANGUEIJO - MARQUIM DA LERIÇE - PAPAI NOEL (ENOCH MATEUS) - PAULA GRETCHEN - PAULO DO BREGA - PEDIM DA PERIFERIA - PEDIM DO SÃO CRISTÓVÃO - PINGUIM - PRETO RAP - PROFESSOR CANECO - PROFESSOR CÍCERO CALOU - RAFAELA BUSSOLO - REGINALDO GOL - RENATO FOTÓGRAFO - RICARDÃO - RITINHA BACANA - ROBERTO BOB -TONINHA REMELEXO- RÔMULO DO TERÇO - SÁVIO PEZÃO OU PEZÃO - SHAO-LIN - SILVANA FOCA - SULIVALDO GURGEL - TALDO PAPAI NOEL - TIA CONCEIÇÃO - TIA VALESCA - TIA ZIZI - TIÊTA (HOMEM) - TOINHO DA FARMÁCIA - METRALHA- MEIO PÃO – REGINA DO BARATÃO- RUFINO O POPULAR AZEITONA - UZIAS MOCOTÓ- CARECA DO BLOCO-CREUZA FOGUETE-FERNANDO PAULADA-MÃO DE ONÇA-ARLETE KARATÊ-MOUSE MARTINS-NEWROBBY-PALHAÇO PIPOCA-PÉLISO- PILUNGA-RAMINHO PARA MINHAS CRIANÇAS-ROXINHO-CURURU-CARNE ASSADA-PIRULITO-PINTINHO-PINTÃO-KID BENGALA-FRED KBÇÃO-TOIM DUFRANGO-VANDAMME-POPÓ CABEÇA DE PATO-CARLÃO DA BAIXA DA ÉGUA...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Bons ventos do sul

quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Grande Show em Macapá

Horário eleitoral
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Argentina superior

sábado, 16 de agosto de 2008
Justiça?!! - Os diferentes pesos da lei

O jovem músico e professor continua enjaulado, conhecendo os maus-tratos e os horrores do cárcere.
Rapidamente, teve a prisão preventiva decretada e sua permanência já supera em muito a permanência de um banqueiro e seus comparsas, que deram um imenso prejuízo, roubando e iludindo a nação brasileira. Para os banqueiros, rapidamente o supremo concedeu um habeas corpus e ainda ouvimos muitas manifestações contra um dito “estado policialesco”, que seria inadmissível, coisa que, para alguns, lembrava os tempos da ditadura.
Conheço bem o jovem músico e professor: Tranquilo, um excelente músico, um cidadão pacato que não oferece e nunca ofereceu o menor perigo para a sociedade. É bem verdade que tenha transgredido a lei, portando uma substância que ainda é considerada ilegal. Será que ele deveria ter roubado muitos milhões e tentado subornar o delegado para que a sua liberdade fosse rapidamente providenciada e recebesse discursos favoráveis dos mais altos escalões? O supremo também se manifestou contra o uso desnecessário de algemas, que possivelmente só devem estar valendo para ”homens-de-bem“, que surrupiam fortunas do país. Músicos e professores e defensores dos direitos humanos são classes subalternas, que não merecem tais considerações...
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Nazaco, a catita e o greencard
O trio Manari fora convidado para participar de um festival de percussão nos Estados Unidos. O evento aconteceria no período do inverno americano, portanto, além da bagagem recheada de instrumentos percussivos exóticos, o trio deveria providenciar também pesados casacos para encarar o rigor do inverno do hemisfério norte. Nazaco, o mais friorento da equipe, fez várias articulações com o intuito de providenciar roupas de frio - quase todas infrutíferas. Nenhuma das peças oferecidas se mostravam adequadas para o frio intenso que a previsão anunciava. Nossos queridos paroaras friorentos já estavam no aeroporto, tristonhos com perspectiva do sofrimento com o frio, quando, finalmente surgiu uma luz no fim do túnel: Uma conhecida de um parente da namorada do Nazaco, apareceu com três casacos. As peças eram imensas e pesadas. O falecido e antigo proprietário era imenso, com mais de 1,90 m de altura. O Nazaco, nosso querido índio, mede exatos 1,60 m. Um tanto quanto grande e com um cheirinho de mofo, mas, chegaram em boa hora.
Ainda em vôo, pouco antes da escala no aeroporto de Miami, o nosso herói dos tambores resolveu experimentar o novo casaco e gostou do calorzinho que ele proporcionou. O bolso era imenso. Tão grande que possibilitou que ele guardasse uma buzina indígena, algo como uma flauta, porém, com uma das extremidades bem larga. O instrumentos produz um som muito agradável e ao mesmo tempo exótico. Já em Miami, após os procedimentos de praxe na alfândega, nosso amigos resolveram descansar num banco, próximo à uma lanchonete. Nazaco, então, resolveu puxar a buzina do bolso do casaco e fazer um som...para espanto do trio percussivo, quando o Nazaco tentou emitir a primeira nota, uma catita (filhote de rato) pulou do instrumento, saiu correndo pelo saguão e entrou em baixo do balcão da lanchonete. após algumas risadas, a situação cômica deu lugar ao pânico...será que as autoridades do rígido controle de imigração e saúde com suas centenas de poderosas câmeras teriam detectado que o nosso herói havia acabado de introduzir uma passageira clandestina nos states? E se eles tivessem percebido, seriam os nossos paroaras detidos na hora do embarque da conexão, e deportados, ou mesmo colocados em quarentena, em cela separada da catita? Felizmente, o tempo passou e o trio tomou o vôo da conexão, chegando ao local do show, onde fizeram uma excelente apresentação, elevando o nome da nossa região e da nossa música.
Meses depois, receberam um cartão postal dos states: A catita agora se chamava Mrs. Juanita Mouse, mudou-se para a ensolarada Califórnia, tinha uma mansão em Beverly Hills e conseguira o greencard após casar-se com o famoso astro do cinema Mickey Mouse. Dentro de dois meses ela daria uma grande festa para inaugurar uma nova ala da mansão e queria o som do Trio Manari para animar a festa...
Ainda em vôo, pouco antes da escala no aeroporto de Miami, o nosso herói dos tambores resolveu experimentar o novo casaco e gostou do calorzinho que ele proporcionou. O bolso era imenso. Tão grande que possibilitou que ele guardasse uma buzina indígena, algo como uma flauta, porém, com uma das extremidades bem larga. O instrumentos produz um som muito agradável e ao mesmo tempo exótico. Já em Miami, após os procedimentos de praxe na alfândega, nosso amigos resolveram descansar num banco, próximo à uma lanchonete. Nazaco, então, resolveu puxar a buzina do bolso do casaco e fazer um som...para espanto do trio percussivo, quando o Nazaco tentou emitir a primeira nota, uma catita (filhote de rato) pulou do instrumento, saiu correndo pelo saguão e entrou em baixo do balcão da lanchonete. após algumas risadas, a situação cômica deu lugar ao pânico...será que as autoridades do rígido controle de imigração e saúde com suas centenas de poderosas câmeras teriam detectado que o nosso herói havia acabado de introduzir uma passageira clandestina nos states? E se eles tivessem percebido, seriam os nossos paroaras detidos na hora do embarque da conexão, e deportados, ou mesmo colocados em quarentena, em cela separada da catita? Felizmente, o tempo passou e o trio tomou o vôo da conexão, chegando ao local do show, onde fizeram uma excelente apresentação, elevando o nome da nossa região e da nossa música.
Meses depois, receberam um cartão postal dos states: A catita agora se chamava Mrs. Juanita Mouse, mudou-se para a ensolarada Califórnia, tinha uma mansão em Beverly Hills e conseguira o greencard após casar-se com o famoso astro do cinema Mickey Mouse. Dentro de dois meses ela daria uma grande festa para inaugurar uma nova ala da mansão e queria o som do Trio Manari para animar a festa...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Grande show em Macapá

terça-feira, 5 de agosto de 2008
Contrastes olímpicos
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
Contrastes
Passei o último final de semana das férias em Mosqueiro. Literalmente descançando. Uma virose fortíssima me pegou e eu fiquei de cama. Perdi a praia, o passeio na pracinha, mas não me importei. Mergulhei de cabeça no livro que eu havia levado. Interrompia a leitura apenas eventualmente, para fazer uma comidinha, cuidar dos filhos, enfim, essas coisas imprescindíveis. O ônibus que me trouxe de volta se arrastou em minutos intermináveis na praia do Morubira, a praia dos bacanas, com seus carrões dotados de potentes sistemas de som ( e fábrica de distorção). Parecia que quanto maior era o dinheiro investido no veículo e no som, maior o mau-gosto musical. Tecno-bregas dos mais rasteiros, rimas paupérrimas, atentados gramaticais etc. Testemunhei uma cena estarrecedora: uma jovem tentava falar ao celular exatamente em frente ao porta-mala de um carro que vomitava mais de 120 decibéis de porcaria musical...em breve estará procurando um especialista e constatará uma perda significativa na audição. Tola - não se preocupa nem com quantidade, nem com qualidade.
Finalmente, o nosso ônibus consegui passar por aquele inferno e prosseguimos a viagem em paz. Retomei a minha leitura feliz. Decorrido um tempo notei que uma fiscal da empresa de transportes, solicitava os bilhetes de passagem para fazer a conferência. Ao se aproximar de mim ela comentou:
_ Durante o tempo em que trabalho aquí, é a primeira vez que eu vejo um passageiro mergulhado tão intensamente em sua leitura, ainda mais com um bom livro e um bom autor...
O comentário me tirou a sensação de embrulho no estômago, que o mau-gosto explícito do Murubira havia deixado!
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Nas asas da Panair
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Apagão
Apagão
Eu quase nasci dentro de um avião. O meu primeiro vôo foi com vinte dias de nascido. Como o meu pai era militar da FAB, na minha infância eu sempre morei nas casas das vilas militares, quase sempre, muito próximas dos aeroportos. Muito cedo, aprendi a diferenciar os ruídos dos motores (a hélice) e, consequentemente , o avião que me sobrevoava, mesmo sem tê-lo visto ainda. Mesmo um “rato-de-aeroporto” como eu, voando há 49 anos, comete os seus deslizes. Outro dia eu tinha um show para fazer em Marabá, o lançamento dos meus queridos amigos Dauro e Nevílton, com a participação do Nilson Chaves e com a direção musical do Adelbert Carneiro. O Nilson me encaminhou o email da agência de viagens com os horários de partida e chegada . Na correria que eu estava, fazendo muitos shows, trabalhando muito, dei uma olhada rápida e fixei na memória a data e o horário de 06:20 h. No dia, eu marquei com o motorista que sempre me transporta para o aeroporto, cerca de uma hora e trinta minutos antes do horário prevista para a decolagem. Eu teria tempo mais que suficiente, e além disso, levava só uma pequena mochila como bagagem de mão, o que facilitaria mais ainda as coisas.Despertei uns quinze minutos antes do horário marcado com o motorista e me vesti. Como o tempo sobrando (eu achava) resolvi dar uma olhada nos emails. Para o meu desespero, constei que 06:20h era o horário previsto para a chegada do vôo em Marabá... logo, eu estava muito próximo de perdê-lo. Nem desliguei o computador, peguei a minha mochila e desci a escada do meu prédio correndo. O motorista vinha chegando. A ordem foi seca: “Tu tens 10 minuto para chegar no aeroporto. Voa! “ A tradicional conversa que eu sempre tinha com o Hélio, o amigo motorista transformou-se num quase silêncio, quebrado apenas pelo ruído do motor e dos pneus do Fiat 1.0 em disparada pela cidade. Os segundos se esvaiam... Chegamos ao aeroporto em exatos 13 minutos, muito abaixo do tempo que fazíamos normalmente. Adentrei arfante o saguão do Aeroporto internacional de Val-de-Cães, vi que não havia mais fila no check-in da Gol. Faltavam 13 minutos (ê Zagalo...) para o horário da previsto da decolagem, por um momento eu até pensei que estava com sorte. A atendente foi taxativa: “a aeronave já está fechada. O senhor Perdeu o seu vôo, o nosso próximo vôo é amanhã no mesmo horário, por favor, chegue com uma hora de antecedência!” Aquilo caiu como um balde de água fria (e pedras de gelo) na minha cabeça, não tinha mais jeito, pelo menos naquela companhia. Eu sabia que a Tam tinha um vôo para Marabá no inicio da tarde.Lembrei que eu tinha uma solicitação de bilhete emitido com a milha milhagem da para São Paulo, que eu não havia voado. Corri para a loja da Tam para tentar reverter o trecho. Sem acordo também. “ Qualquer solicitação beneficiada por milhas acumuladas deve ser com uma semana de antecedência, o sistema não aceita...” Não havia mais nada a ser feito, a não ser , voltar para casa e ligar pro meu contratante, explicar o vacilo pedir para que a agência dele tentasse me colocar no vôo da tarde. Nessas alturas, ou melhor, ainda em terra, eu não consegui mais dormir, esperando uma confirmação da vaga pro vôo da tarde, que finalmente aconteceu próximo da 11:00 da manhã. No mesmo instante, passei a mão na mochila e fui para a parada do ônibus. Eu já havia gastado a minha cota de dinheiro de táxi para aquele dia. Mesmo com toda a demora do ônibus, cheguei no tempo certono aeroporto. Terminado o check-in, eu ouvi o meu vôo sendo chamado para o portão 2. Terminei o meu café e gastei os três minutos de sempre para pitar um cigarrinho do lado de fora do aeroporto. Novamente, ouvi o chamado do meu vôo para o portão 2. Subi, e fiz toda a rotina que já me é bastante familiar. Apresentei o meu cartão de embarque para o atendente, ele o olhou, destacou uma parte e me entregou a outra e me apontou o finger que me levava ao avião. Como sempre, fui recebido com aqueles sorrisos de plástico que os atendentes de vôo têm que usar. O avião estava totalmente lotado. Restava um único lugar, o 25 A, na janela, o meu, é claro. Sentei, peguei as minhas balinhas e a minha revistinha e comecei a folhear. Mal eu achei uma matéria interessante, a voz do comandante irrompe no sistema de auto-falantes: “ Tripulação, portas em automático. Senhores passageiros, aqui vos fala o comandante Fulano. Nosso tempo de vôo até Macapá será de 38 minutos”. Esse cara ta maluco, eu comentei em voz baixa. Tem voado tanto que está confundindo as cidades. O gordinho que sentava ao meu lado, e que havia ficado muito frustrado quando eu ocupei a poltrona da na janela , levou alguns segundos se debatendo com a consciência dele e então me falou: Amigo, esse vôo vai para Macapá. Esse vôo vai para Macapá, perguntei eu em voz alta. Metade do avião respondeu: Vai para Macapá! Puta-que-pariu, foi só o que eu pude responder. Passei a mão na mochila e corri desesperado para a porta da frente, que já estava obviamente trancada. Moça - me embarcaram no vôo errado. Eu tenho que ir para Marabá, não Macapá. Ela então respondeu: “Sinto muito senhor agora não tem mais jeito o avião já está trancado”. A adrenalina subiu e eu fui muito enfático (pra não dizer, muito grosso) Vocês me embarcaram no vôo errado. Nós ainda estamos em terra. Resolvam! Nervosa ela empurrou a porta da cabine do comandante, que estava semi aberta e explicou pra ele que havia um passageiro embarcado errado. Ele simplesmente respondeu: , O finger desatracou, O avião já está fechado , Não pode! Foi então, que com toda a finesse que aprendi no bairro do Jurunas, eu empurrei a porta e em português muito alto e claro eu retruquei: “Não pode um caralho! Vocês me embarcaram no vôo errado, eu tenho um compromisso muito importante em outra cidade, a aeronave ainda está no solo e você vem me dizer que não pode? Tá ficando louco? Nisso, a comissária, nervosa tenta me deter e diz: “senhor é proibido invadir a cabine do comandante...” enquanto isso ele (o comandante) e também o co-piloto, falavam no rádio, quando eu vi passar uma aeronave da Tam na nossa frente. A adrenalina subiu mais um pouco e eu fui mais veemente ainda: “Fala aí pelo rádio, pra aquele puto me esperar. Esse deve ser o meu vôo para Marabá e a sua companhia me embarcou errado. Tem obrigação de resolver”... Ele virou novamente a cabeça pra frente e continuou a falar no rádio umas coisa que eu não pude compreender. Por um instante eu pensei que iria sair preso daquele avião por ter “dado alteração”. No meio da confusão sentimos um tranco. Era o finger atracando novamente. Finalmente e pude sair e um funcionário de terra da companhia me encaminhou para o embarque correto. Quando eu passei pelo funcionário da porta ele tentou pegar o que restava do meu cartão de embarque para destacar um pedaço e novamente ele conseguiu trazer a tona a parte mais polida da minha educação jurunense: “Tu já destacaste, pateta e ainda me colocaste no avião errado. Presta atenção no teu serviço, rapaz”! Liguei para a minha mulher para desabafar sobre o ocorrido e ela achou que aquilo era um mau presságio, que eu não deveria embarcar... Finalmente, o vôo das treze horas e pouco decolou para Marabá. Ao chegar lá, pude constatar que o sistema de som no qual eu iria trabalhar era um mix de coisas muito ruins com algumas coisas boas, e para completar, o funcionário que sabia ligar tudo, havia faltado ao serviço naquele dia. Era o começo de mais uma guerra... eu nem tive tempo de almoçar, mas tudo bem: O show foi um sucesso e eu pude cumprir o meu compromisso com o contratante.
Eu quase nasci dentro de um avião. O meu primeiro vôo foi com vinte dias de nascido. Como o meu pai era militar da FAB, na minha infância eu sempre morei nas casas das vilas militares, quase sempre, muito próximas dos aeroportos. Muito cedo, aprendi a diferenciar os ruídos dos motores (a hélice) e, consequentemente , o avião que me sobrevoava, mesmo sem tê-lo visto ainda. Mesmo um “rato-de-aeroporto” como eu, voando há 49 anos, comete os seus deslizes. Outro dia eu tinha um show para fazer em Marabá, o lançamento dos meus queridos amigos Dauro e Nevílton, com a participação do Nilson Chaves e com a direção musical do Adelbert Carneiro. O Nilson me encaminhou o email da agência de viagens com os horários de partida e chegada . Na correria que eu estava, fazendo muitos shows, trabalhando muito, dei uma olhada rápida e fixei na memória a data e o horário de 06:20 h. No dia, eu marquei com o motorista que sempre me transporta para o aeroporto, cerca de uma hora e trinta minutos antes do horário prevista para a decolagem. Eu teria tempo mais que suficiente, e além disso, levava só uma pequena mochila como bagagem de mão, o que facilitaria mais ainda as coisas.Despertei uns quinze minutos antes do horário marcado com o motorista e me vesti. Como o tempo sobrando (eu achava) resolvi dar uma olhada nos emails. Para o meu desespero, constei que 06:20h era o horário previsto para a chegada do vôo em Marabá... logo, eu estava muito próximo de perdê-lo. Nem desliguei o computador, peguei a minha mochila e desci a escada do meu prédio correndo. O motorista vinha chegando. A ordem foi seca: “Tu tens 10 minuto para chegar no aeroporto. Voa! “ A tradicional conversa que eu sempre tinha com o Hélio, o amigo motorista transformou-se num quase silêncio, quebrado apenas pelo ruído do motor e dos pneus do Fiat 1.0 em disparada pela cidade. Os segundos se esvaiam... Chegamos ao aeroporto em exatos 13 minutos, muito abaixo do tempo que fazíamos normalmente. Adentrei arfante o saguão do Aeroporto internacional de Val-de-Cães, vi que não havia mais fila no check-in da Gol. Faltavam 13 minutos (ê Zagalo...) para o horário da previsto da decolagem, por um momento eu até pensei que estava com sorte. A atendente foi taxativa: “a aeronave já está fechada. O senhor Perdeu o seu vôo, o nosso próximo vôo é amanhã no mesmo horário, por favor, chegue com uma hora de antecedência!” Aquilo caiu como um balde de água fria (e pedras de gelo) na minha cabeça, não tinha mais jeito, pelo menos naquela companhia. Eu sabia que a Tam tinha um vôo para Marabá no inicio da tarde.Lembrei que eu tinha uma solicitação de bilhete emitido com a milha milhagem da para São Paulo, que eu não havia voado. Corri para a loja da Tam para tentar reverter o trecho. Sem acordo também. “ Qualquer solicitação beneficiada por milhas acumuladas deve ser com uma semana de antecedência, o sistema não aceita...” Não havia mais nada a ser feito, a não ser , voltar para casa e ligar pro meu contratante, explicar o vacilo pedir para que a agência dele tentasse me colocar no vôo da tarde. Nessas alturas, ou melhor, ainda em terra, eu não consegui mais dormir, esperando uma confirmação da vaga pro vôo da tarde, que finalmente aconteceu próximo da 11:00 da manhã. No mesmo instante, passei a mão na mochila e fui para a parada do ônibus. Eu já havia gastado a minha cota de dinheiro de táxi para aquele dia. Mesmo com toda a demora do ônibus, cheguei no tempo certono aeroporto. Terminado o check-in, eu ouvi o meu vôo sendo chamado para o portão 2. Terminei o meu café e gastei os três minutos de sempre para pitar um cigarrinho do lado de fora do aeroporto. Novamente, ouvi o chamado do meu vôo para o portão 2. Subi, e fiz toda a rotina que já me é bastante familiar. Apresentei o meu cartão de embarque para o atendente, ele o olhou, destacou uma parte e me entregou a outra e me apontou o finger que me levava ao avião. Como sempre, fui recebido com aqueles sorrisos de plástico que os atendentes de vôo têm que usar. O avião estava totalmente lotado. Restava um único lugar, o 25 A, na janela, o meu, é claro. Sentei, peguei as minhas balinhas e a minha revistinha e comecei a folhear. Mal eu achei uma matéria interessante, a voz do comandante irrompe no sistema de auto-falantes: “ Tripulação, portas em automático. Senhores passageiros, aqui vos fala o comandante Fulano. Nosso tempo de vôo até Macapá será de 38 minutos”. Esse cara ta maluco, eu comentei em voz baixa. Tem voado tanto que está confundindo as cidades. O gordinho que sentava ao meu lado, e que havia ficado muito frustrado quando eu ocupei a poltrona da na janela , levou alguns segundos se debatendo com a consciência dele e então me falou: Amigo, esse vôo vai para Macapá. Esse vôo vai para Macapá, perguntei eu em voz alta. Metade do avião respondeu: Vai para Macapá! Puta-que-pariu, foi só o que eu pude responder. Passei a mão na mochila e corri desesperado para a porta da frente, que já estava obviamente trancada. Moça - me embarcaram no vôo errado. Eu tenho que ir para Marabá, não Macapá. Ela então respondeu: “Sinto muito senhor agora não tem mais jeito o avião já está trancado”. A adrenalina subiu e eu fui muito enfático (pra não dizer, muito grosso) Vocês me embarcaram no vôo errado. Nós ainda estamos em terra. Resolvam! Nervosa ela empurrou a porta da cabine do comandante, que estava semi aberta e explicou pra ele que havia um passageiro embarcado errado. Ele simplesmente respondeu: , O finger desatracou, O avião já está fechado , Não pode! Foi então, que com toda a finesse que aprendi no bairro do Jurunas, eu empurrei a porta e em português muito alto e claro eu retruquei: “Não pode um caralho! Vocês me embarcaram no vôo errado, eu tenho um compromisso muito importante em outra cidade, a aeronave ainda está no solo e você vem me dizer que não pode? Tá ficando louco? Nisso, a comissária, nervosa tenta me deter e diz: “senhor é proibido invadir a cabine do comandante...” enquanto isso ele (o comandante) e também o co-piloto, falavam no rádio, quando eu vi passar uma aeronave da Tam na nossa frente. A adrenalina subiu mais um pouco e eu fui mais veemente ainda: “Fala aí pelo rádio, pra aquele puto me esperar. Esse deve ser o meu vôo para Marabá e a sua companhia me embarcou errado. Tem obrigação de resolver”... Ele virou novamente a cabeça pra frente e continuou a falar no rádio umas coisa que eu não pude compreender. Por um instante eu pensei que iria sair preso daquele avião por ter “dado alteração”. No meio da confusão sentimos um tranco. Era o finger atracando novamente. Finalmente e pude sair e um funcionário de terra da companhia me encaminhou para o embarque correto. Quando eu passei pelo funcionário da porta ele tentou pegar o que restava do meu cartão de embarque para destacar um pedaço e novamente ele conseguiu trazer a tona a parte mais polida da minha educação jurunense: “Tu já destacaste, pateta e ainda me colocaste no avião errado. Presta atenção no teu serviço, rapaz”! Liguei para a minha mulher para desabafar sobre o ocorrido e ela achou que aquilo era um mau presságio, que eu não deveria embarcar... Finalmente, o vôo das treze horas e pouco decolou para Marabá. Ao chegar lá, pude constatar que o sistema de som no qual eu iria trabalhar era um mix de coisas muito ruins com algumas coisas boas, e para completar, o funcionário que sabia ligar tudo, havia faltado ao serviço naquele dia. Era o começo de mais uma guerra... eu nem tive tempo de almoçar, mas tudo bem: O show foi um sucesso e eu pude cumprir o meu compromisso com o contratante.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Elogio antigo
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Causo#2 - o massacre da serra

No sábado, o dia mais atribulado de todos, ao final da tarde ainda havia duas festas para enviar equipamento e apenas um amplificador. O derradeiro amplificador era exatamente um dos preferidos do Bento. Valvulado, stereo, com duas fontes separadas, dois cabos de AC... O bento pensou rápido e não titubeou: “ me passa a serra!..” o funcionário hesitou e ele repetiu a frase de forma mais enfática ainda.
Serrou o amplificador no meio, enviando cada metade para cada um dos sistemas que ainda restavam e logicamente, dinheiro no bolso...Coisas do Bento!
sábado, 5 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Causo #1 - Bentices

Bentices - Causos do som (1)
Em meados dos anos 80, o Bento Maravilha, e a sua empresa Bensom, estavam no topo dos serviços de sonorização no estado do Pará. Ele conseguia cobrir dois eventos de grande porte ao mesmo tempo. Aconteciam simultaneamente o Rock-Pará e o Rock-Amapá. As bandas tocavam nos dois eventos, o que diminuía as despesas com passagens aéreas. Ainda havia uma deficiência muito grande de pessoal especializado na área de áudio. O Bento mandou vir de São Paulo um técnico, segundo ele, da Gabi. Decorridos alguns shows, o rapaz acabou confessando que a sua especialidade era iluminação e não som. Resultado: A grande maioria dos drivers de médio-alto estava queimada, devido à imperícia do tal técnico. O evento foi realizado por um órgão do governo do estado. A solução seria pegar um dos aviões de pequeno porte alugados pelo governo do estado e ir a Macapá, onde havia um estoque maior de drivers e trazê-los para suprir o evento de Belém. Assim, logo cedo, o Bento embarcou para Macapá, ainda, segundo ele, com o Comandante Rolim, pegou todos os drivers disponíveis e logo após o almoço, decolaram de volta para Belém. Cansado o Bento tirou um cochilo a bordo, quando acordou, meio assustado, olhou no relógio e notou algo estranho: O tempo de vôo previsto até Belém, já havia espirado. Ele notou uma certa preocupação no comandante, que porém tentava não deixar transparecer...Só então, conversaram sobre a carga que transportavam. Com a resposta do Bento que o equipamento era altamente magnético. O comandante então esclareceu, que o magnetismo havia causado um mau-funcionamento nos equipamentos de navegação da aeronave, que eles estavam voando às cegas. A solução seria tentarem sintonizar uma rádio de Belém, com o sinal bem forte, para que pudessem segui-lo e finalmente chegar ao destino. Conseguiram sintonizar a poderosa Rádio Clube do Pará, cujo sinal abençoado os levou sãos e salvos ao aeródromo.
Em meados dos anos 80, o Bento Maravilha, e a sua empresa Bensom, estavam no topo dos serviços de sonorização no estado do Pará. Ele conseguia cobrir dois eventos de grande porte ao mesmo tempo. Aconteciam simultaneamente o Rock-Pará e o Rock-Amapá. As bandas tocavam nos dois eventos, o que diminuía as despesas com passagens aéreas. Ainda havia uma deficiência muito grande de pessoal especializado na área de áudio. O Bento mandou vir de São Paulo um técnico, segundo ele, da Gabi. Decorridos alguns shows, o rapaz acabou confessando que a sua especialidade era iluminação e não som. Resultado: A grande maioria dos drivers de médio-alto estava queimada, devido à imperícia do tal técnico. O evento foi realizado por um órgão do governo do estado. A solução seria pegar um dos aviões de pequeno porte alugados pelo governo do estado e ir a Macapá, onde havia um estoque maior de drivers e trazê-los para suprir o evento de Belém. Assim, logo cedo, o Bento embarcou para Macapá, ainda, segundo ele, com o Comandante Rolim, pegou todos os drivers disponíveis e logo após o almoço, decolaram de volta para Belém. Cansado o Bento tirou um cochilo a bordo, quando acordou, meio assustado, olhou no relógio e notou algo estranho: O tempo de vôo previsto até Belém, já havia espirado. Ele notou uma certa preocupação no comandante, que porém tentava não deixar transparecer...Só então, conversaram sobre a carga que transportavam. Com a resposta do Bento que o equipamento era altamente magnético. O comandante então esclareceu, que o magnetismo havia causado um mau-funcionamento nos equipamentos de navegação da aeronave, que eles estavam voando às cegas. A solução seria tentarem sintonizar uma rádio de Belém, com o sinal bem forte, para que pudessem segui-lo e finalmente chegar ao destino. Conseguiram sintonizar a poderosa Rádio Clube do Pará, cujo sinal abençoado os levou sãos e salvos ao aeródromo.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
Show Dedicado a Você - 2008
domingo, 1 de junho de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
...Nothing's gonna change my world...
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Simplesmente genial!

Tatoo - arte no corpo

Link p/ curtir o filme do youtube http://www.youtube.com/watch?v=YZVSkioLLBM
quarta-feira, 23 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Natureza no asfalto - Meu brother KAUÊ ALMEIDA ("Ambrósio")
Assinar:
Postagens (Atom)